Formação de Professores para o Uso de Inteligência Artificial no Ensino de Línguas Estrangeiras
FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA O USO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS: IAS COMO FERRAMENTAS DE AUTORIA
Prof. Dr. Márcio Luiz Corrêa Vilaça
As inteligências artificiais entraram no centro de muitas discussões sobre tecnologia nos últimos 2 anos. Isso não é diferente no campo educacional. No ensino de línguas estrangeiras, o cenário não é diferente. Muito se fala sobre as possibilidades, os riscos e desafios que as inteligências artificiais oferecem. As IAs são um campo interdisciplinar que exige formação continuada dos profissionais dos mais diferentes campos (GABRIEL, 2021 e 2022; SANTAELLA, 2023). Santaella (2021) alerta que a temática é cercada de incompreensões.
Os tipos de inteligência artificial são cada vez mais variados. No Instagram, podemos encontrar inúmeros perfis indicando listas de inteligências artificiais para os mais diferentes usos. Algumas postagens são questionáveis sobre os aspectos éticos do uso tratado e das possibilidades que estas podem trazer. Anúncios de uso de IA para geração de e-books, postagens para redes sociais e para trabalhos acadêmicos se multiplicam. Em muitos casos, a compreensão sobre autoria parece ser fortemente negligenciada. Neste sentido, além dos desafios do boom da temática, que requer atualização na formação em diferentes dimensões, um dos riscos é a falta de princípios e critérios para o seu uso ético, produtivo e crítico.
Este trabalho discute o uso de inteligências artificiais como ferramentas de autoria. Esta questão articula diferentes questões, dentre elas: a ferramenta, os prompts, a autoria, a qualidade do conteúdo, as possibilidades de uso e a ética, sem apresentar uma lista extensa. É fácil também notar um suposto número impressionante de pessoas que se apresentam como “especialistas” no assunto, o que pode ser suposta e fragilmente validada pelo número de seguidores.
Nessa realidade, muitos professores podem se deixar afetar por promessas de fórmulas de sucesso e de métodos quase mágicos que podem transformar o processo educacional. Por outro lado, os estudantes também podem se deixar seduzir pelos trabalhos que podem ser feitos em questões de segundos, simplesmente a partir de um prompt. No presente trabalho, o foco está no professor, mais diretamente na formação continuada de professores. Embora alguns exemplos possam ilustrar com o ensino de língua inglesa, estes também podem servir para outras línguas estrangeiras. Busca-se, com este trabalho, oferecer reflexões que possam contribuir para a seleção e uso de IA por professores como ferramenta de autoria.
Palavras-Chave: Inteligência artificial, formação de professores, ensino de línguas estrangeiras
Trabalho apresentado no Congresso Nacional de Profissionais de Letras Anglo-Germânicas (CONPLAG) em maio de 2024.